HOJE É UM DIA ESPECIAL... SAUDADE DE DOIS MÚSICOS!
HOMENAGEM - LUIZ GONZAGA
(De Exu - PE)
NOS CEM ANOS COM RIMA, RITMO E UMA CANÇÃO
( Lailton Araújo )
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O dia 13 de dezembro trouxe à humanidade
Um compositor nordestino à luz de lamparina
Santana - mãe,
Januário - pai, um sanfoneiro
No Pé de Serra foi louvor a Deus na
campina
Negro, caboclo, pobre, em Exu, Pernambuco
Na cor disputava com a lua tal forma musical
Era o ano de 1912, sopé da Serra do Araripe
Que nascia Luiz Gonzaga, o grande, o genial
Gonzagão é
imortalizado como Rei do Baião
Nos cem anos com rima, ritmo e uma canção
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Jovem e inconsequente, quase é a tragédia
Pensou em exterminar o oponente do amor
Com uma surra, corretiva e início da história
Logo evitou, Santana - mãe, o Luiz matador
Fugiu Gonzaga, alistou-se no Crato, soldado
Sumiu do mapa, apareceu no Rio de Janeiro
Tocar sanfona, na zona, meretrício, mangue
Era meio de sobreviver: ganhar um dinheiro
Gonzagão é
imortalizado como Rei do Baião
Nos cem anos com rima, ritmo e uma canção
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Em 1941, Ary Barroso aplaudiu Vira e Mexe
Nascia ali o artista da gravadora RCA Victor
Que gravaria e encantaria diversas gerações
Nos xotes, baiões, xaxados, forrós e estilos
A Rádio Nacional lançou a nordestinidade
Dança Mariquinha, mostrou um Luiz cantor
Os parceiros Zé Dantas e Humberto Teixeira
Colocaram versos na melodia do cantador
Gonzagão é
imortalizado como Rei do Baião
Nos cem anos com rima, ritmo e uma canção
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Nascia Gonzaguinha, poeta e primogênito
A Asa Branca entrou na cabeça e não sai
Helena era
esposa, adotava-se a filha Rosa
Respeita Januário traz Luiz ao abraço do pai
Baião, Boiadeiro,
Assum Preto, Cintura Fina
Faz de Gonzaga o embaixador lá do
torrão
O grito dos excluídos na batida da zabumba
Está em Algodão, na Acauã e ABC do Sertão
Gonzagão é
imortalizado como Rei do Baião
Nos cem anos com rima, ritmo e uma canção
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Anos de 1960, o brilho de Gonzaga reaparece
Cacimba Nova,
Numa Sala de Reboco e trios
Poeta de Sumé, Zé Marcolino é novo
parceiro
Caetano e Gil citam Luiz e Banda de
Pífanos
A Tropicália tem os pés na música nordestina
Anastácia
e Dominguinhos, tornam-se amigos
O Rei tem corte, coroa, não perde a majestade
Lua na Rural,
vai aos pontos mais longínquos
Gonzagão é
imortalizado como Rei do Baião
Nos cem anos com rima, ritmo e uma canção
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Anos de 1970, tempo difícil, quase Luiz parou
Voltou energia, O Fole Roncou e Capim Novo
Unidos, pai e filho cantam: A Vida do Viajante
Para chegar em 2012, com aplausos do povo
Elba, Fagner,
Milton e Chico, põem gás na luz
Januário, Gonzaga,
Gonzaguinha: dão um psiu
Em forma de um Sabiá que canta nas galáxias
No grande concerto de sanfonas deste Brasil
Gonzagão é
imortalizado como Rei do Baião
Nos cem anos com rima, ritmo e uma canção
HOMENAGEM - LUIZ PINTOR
(De Princesa Isabel - PB)
AS MALANDRAGENS DO CHORINHO
( Luiz Pintor / Lailton Araújo )
Quando peguei no cavaquinho
Do meu velho pai amigo
Vi que a vida, colorida
Afinada do passista
É um sonho
Engraçado que harmoniza
A canseira
Dessa luta brasileira
Não lembro o dia que tirei
Um lindo som e encabulado
Fiz um samba dedicado
À morena da esquina
Meu cavaco
É um grande gozador
Pois poetiza
Malandragens do amor
Mas brincar com suas cordas
Não é arte ou ofício
Pra músico amador
Quem tocar no cavaquinho
Fica com um dedo solto
E certa dose de humor
O Brasil teve a sorte
Do seu povo e o choro
Precisar de cavaquinho
Na malandragem do chorinho
O repicar do cavaquinho
E sacanagem brasileira
Tem sabor de um chopinho
Com torresmo no escurinho
E feijoada brasileira